25 de novembro – Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

Há mais de uma década que a UMAR – União das Mulheres Alternativa e Resposta tem vindo a dinamizar com outras associações e coletivos feministas a Marcha pelo fim da violência contra as mulheres, por todas elas, as que foram assassinadas e as que continuam a sofrer situações terríveis de violência.

Em Lisboa, de novo este ano, a Marcha parte do Largo do Intendente para o Rossio, pelas 18:00 h.

Ocupar a rua e marchar do Largo do Intendente para o Rossio, em Lisboa, para repudiar a violência de género, o patriarcado, o classismo, o racismo, a xenofobia, a homofobia, lesbofobia, misoginia, bifobia, a transfobia e interfobia, o capacitismo, o idadismo e todos os tipos de discriminação e violência!


Marchar para exigir justiça em casos de feminicídio, violação, assédio e discriminação de género! Sair à rua para exigir que o espaço público seja nosso sem medo e receio. Ocupar espaço para mostrar a nossa voz, a nossa força e continuarmos a reivindicar uma vida plena para todas as mulheres.

O Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) contabilizou, entre 01 de janeiro e 15 de novembro deste ano, 28 mulheres mortas, 22 das quais no contexto de relações de intimidade, segundo os dados preliminares divulgados na passada quarta-feira no Porto.

De acordo com os dados recolhidos pela OMA e pela UMAR, com base em notícias publicadas nos órgãos de comunicação social, ocorreram, em Portugal, “22 femicídios nas relações de intimidade” e seis assassínios, três deles “em contexto familiar”, um “em contexto de crime”, um “por discussão pontual” e um “em contexto omisso”.

O relatório preliminar do OMA/UMAR revela, ainda, que em 12 dos 22 femicídios, ou seja, em 55% dos casos, existia violência prévia contra a vítima.

Violência física, psicológica, perseguição, ameaças, estratégias de controlo e tentativa de femicídio prévio são algumas das formas de violência identificadas.

“A violência contra as mulheres é estrutural e não meramente individual”, destacou Liliana Rodrigues, presidente da UMAR, numa intervenção na qual também pediu mais investimento nesta área e aposta na formação especializada em profissionais de primeira linha.

Em várias cidades vão realizar-se no dia 25 de novembro manifestações e vigílias pelas vítimas da violência doméstica – Angra do Heroísmo, Viana do Castelo, Braga, Lisboa, Coimbra, Viseu, Bragança, Vila Real e Porto.

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres surgiu para não esquecer o assassinato das irmãs Mirabal – las Mariposas – vítimas da ditadura de Trujillo (República Dominicana). Foi decretado em 1999 pela ONU.

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