É dia de recordar o combate ao domínio patriarcal, como o era o celibato obrigatório das enfermeiras, e assumir o feminismo como o caminho da igualdade e justiça social.
Ser mulher é rejeitar que há limites pela natureza de se ser mulher, e abraçar todos os desafios, tarefas e responsabilidades a que me proponho…
É quebrar as amarras da imposição com que nos tentam oprimir e dominar e ficar apenas enquanto esse for o meu projecto…
É construir a família que o tempo define e reconstruí-la vezes sem conta enquanto fizer sentido…
É ter direito ao aconselhamento em saúde sexual, sem o estandarte da reprodução…
É rasgar ser boneca enquanto elemento simbólico da futilidade, mas embonecar-me como gesto de amor pelo meu corpo…
É fustigar a segregação sexual e assumir a plenitude de ser tudo o que quiser ser…
É ser intolerante ante a intolerância, é denunciar a violência e ser solidária com quem vive escondido (ou escondida) atrás de beijos vazios…
É acender a fogueira que queima o preconceito milenar onde o órgão sexual do prazer é mutilado ou removido…
Ser mulher é vestir o estereótipo para imediatamente a seguir o desconstruir…
É recusar o racismo e o fascismo e encarar o feminismo como a resposta crítica interseccional que fortalece a pluralidade…
Ser mulher é desnudar-me do medo de ser aceite e enfrentar o mundo imperfeito com cada pedaço de mim, irrepetível, irregular e imprescindível…
É amar quem eu quiser, quando eu quiser e como quiser, sempre de comum acordo… é gritar que o amor só existe enquanto vivência de liberdade…
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