Que futuro para a Saúde? *

O setor da saúde é uma área social de enormes défices, nomeadamente na promoção e manutenção da saúde, bem como no acesso de serviços em caso de doença.

Todos os trabalhadores da saúde são essenciais para o normal funcionamento de qualquer organização. Quem limpa os espaços, quartos e/ou equipamentos têm a mesma importância de quem executa exames, quem aplica a medicação e de quem faz o diagnóstico.

A saúde é o “bem” mais precioso de cada ser humano. Nos últimos anos, o acesso à saúde passou a ser um negócio para seguradoras e grandes grupos económicos, no que diz respeito, por exemplo, à contratualização de meios complementares de diagnóstico (MCDT’s), para os quais os hospitais não estão a dar resposta adequada e desejada.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) necessita, claramente, de um reforço de meios físicos e humanos. É essencial passar para a prática a valorização dos trabalhadores em termos de definição de carreiras, bem como da sua base remuneratória. Há imensos profissionais de saúde com mais de dez anos de serviço que continuam com salário igual a quem acaba de ser contratado. Não existiu, não existe nem parece existir vontade de mudar a estratégia futura na construção e definição do SNS para a valorização dos profissionais.

Vivemos em situação de exceção há um ano e verifica-se que a saúde é extremamente essencial para o desenvolvimento social e humano. Deste modo considera-se que as estruturas relacionadas com as organizações da saúde não devem ter como fim o lucro.

O Serviço Nacional de Saúde é para estar em primeiro lugar, não pode ser tratado como uma organização normal, pois deve estar acima da racionalidade do lucro ou da produtividade.

Todos importam!

* Lurdes Gomes

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