As mobilizações estudantis um pouco por todo o Mundo, nomeadamente em Portugal com as iniciativas nas Universidades do Porto e de Lisboa, são exemplos das exigências do fim do genocídio que está a ser praticado por Israel em Gaza e do reconhecimento imediato do Estado palestiniano. A luta está a fazer efeito e a pressionar governos europeus a avançarem com o reconhecimento do Estado palestiniano, um primeiro passo na luta pela condenação de Israel, por uma Palestina Livre e pela paz no Médio-Oriente. Hoje, Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que vão aprovar o reconhecimento oficial da Palestina como Estado independente. Para quando o reconhecimento do Estado da Palestina pelo governo português? Para quando a convocação do Embaixador israelita em Portugal para lhe anunciar a suspensão de relações diplomáticas?

Netanyahu “põe em perigo” a solução de dois Estados no Médio Oriente, segundo Pedro Sanchéz, primeiro-ministro do Estado espanhol, que rejeita o que designou como “massacre em Gaza e no resto dos territórios palestinianos”, reiterando a exigência de um cessar-fogo e anunciando o reconhecimento oficial do Estado da Palestina. Os governos da Irlanda, e Noruega vão seguir o mesmo caminho de reconhecimento formal do Estado palestiniano.

“É por isso que quero informar que, depois de discutir a decisão com os dois partidos que compõem este Governo de coligação progressista – e de acordo com os sentimentos da maioria do povo espanhol – o gabinete espanhol irá aprovar o reconhecimento do Estado Palestiniano na terça-feira, 28 de maio”, anunciou Sánchez. “O primeiro-ministro Netanyahu continua a fechar os olhos e a bombardear hospitais, escolas e casas. Continua a usar a fome, o frio e o terror para castigar mais de um milhão de rapazes e raparigas inocentes – e as coisas foram tão longe que os procuradores do Tribunal Penal Internacional pediram esta semana a sua prisão por crimes de guerra”, acusou Sánchez.

O primeiro-ministro espanhol afirmou não ter qualquer dúvida de que Netanyahu “não tem um plano de paz para a Palestina”, acrescentando que está a causar tanta dor, destruição e amargura em Gaza e no resto da Palestina que a solução de dois Estados está agora em sério perigo.

“Os países que defendem os Direitos Humanos e o Direito Internacional são obrigados a atuar – na Ucrânia e na Palestina – sem dois pesos e duas medidas”, sublinhou Sánchez.

“Hoje, a Irlanda, a Noruega e a Espanha anunciam que reconhecem o Estado da Palestina”, afirmou o primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, em conferência de imprensa. Segundo Harris, “cada um de nós irá agora tomar as medidas nacionais necessárias para dar efeito a essa decisão. Estou confiante que outros países se juntarão a nós para dar este importante passo nas próximas semanas.”

“Na preparação do anúncio de hoje, falei com uma série de outros líderes e homólogos e estou confiante de que outros países se juntarão a nós para dar este importante passo nas próximas semanas”, acrescentou.

O “reconhecimento da Palestina por parte da Irlanda será formalmente promulgado a 28 de maio“, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Micheal Martin, na rede social X.