Com Ana Benavente, Carmelinda Pereira, Mário Tomé, Pedro Soares, Raquel Varela, Rosado Luz e moderação de Adriano Zilhão, na Casa do Brasil em Lisboa.
A guerra provocada pela invasão da Federação Russa à Ucrânia prossegue há mais de um ano, com um dramático cortejo de mortes e destruição. O discurso da intensificação da guerra como única alternativa sobrepõe-se aos esforços para que a articulação da comunidade internacional consiga o cessar-fogo imediato e avance um plano de negociações para a paz. As recentes declarações do presidente do Brasil, Lula da Silva, crítico das potências envolvidas que estimulam a guerra em vez de medidas que potenciem a paz, constituiu uma pedrada no charco, incomodou, provocou o debate necessário, que desde há muito estava proibido, sobre um caminho – que não o armamentista e belicista – para terminar com o conflito que destrói pessoas e cidades, degrada gravemente as condições ambientais e ecológicas e coloca o perigo da guerra nuclear. A visita de uma delegação parlamentar portuguesa a Kiev, a convite de Ruslan Stefanchuk, um criminoso de extrema-direita e organizador do massacre de Odessa, que atualmente é presidente do parlamento ucraniano, não pode deixar de questionar a esquerda sobre o branqueamento em curso do regime ucraniano em que os membros da oposição estão mortos, presos ou no exílio.

