CRISE INFLACIONISTA EXIGE AUMENTO DE SALÁRIO E PENSÕES: POR QUE ESPERA O GOVERNO PS PARA TOMAR MEDIDAS URGENTES?

A crise inflacionista está a devorar salários e pensões na razão direta do escandaloso crescimento dos lucros dos grandes grupos económicos sob o lema: pague mais e leve menos!

A brutal invasão Russa e o prolongamento da guerra na Ucrânia, e a posição inadmissível de António Costa de pagar a reconstrução da Ucrânia e a corrida armamentista, o expansionismo da NATO e o agravamento potencial do conflito no Pacífico, estão a aumentar esta crise inflacionista e os movimentos especulativos, com o consequente aumento da pobreza e das dificuldades nas condições de vida dos trabalhadores e da generalidade do povo português. Há medidas que tardam, e já deviam ter sido assumidas, e é urgente que sejam avançadas pelo Governo para enfrentar esta situação.

A inflação está a comer o poder de compra como já não acontecia há décadas, ao atingir hoje 9,1% e que deverá chegar em dezembro a 12,2%. A inflação era passageira, dizia António Costa, mas a realidade desmente-o!

O poder de compra de hoje está pior que no tempo da troika e ao nível dos anos oitenta. A inflação aumenta e o salário não aguenta, mas há quem esteja a ganhar com a inflação!

O escândalo atinge o cúmulo quando se compara a quebra real nos salários, nas pensões e nos rendimentos da generalidade da população com os aumentos dos lucros dos grandes grupos económicos. No 1º semestre a GALP aumentou os lucros em 207%, a SONAE aumentou em 108,7% e o BCP aumentou em 505% (apenas três exemplos de muitos). Os grandes grupos económicos, em particular os da energia, grande distribuição e finança, estão a ganhar com a crise! Os lucros excessivos dos grandes grupos económicos têm de contribuir para que não sejam sempre os mesmos a pagar a crise!

O Governo do PS, enquanto impõe uma quebra nos salários reais, favorece o lado do capital. Acaba de isentar ou perdoar às empresas 729,7 milhões de Euros (50% da TSU). E com as suas “contas certas” recusa investir no Serviço Nacional de Saúde (SNS) assistindo-se à gritante crise do serviço de obstetrícia, um ataque frontal aos direitos das mulheres grávidas mais desfavorecidas que não tem poder económico de recorrer aos privados.

A situação exige medidas urgentes para combater esta vertigem inflacionista e especulativa que aumenta desgraçadamente a miséria e as dificuldades de quem vive do seu salário ou pensão. É inadmissível o atraso do Governo em tomar medidas para enfrentar esta crise. Os trabalhadores e o povo devem se unir na luta por três exigências:

– Exige-se que o Governo do PS fixe os preços dos bens essenciais, incluindo na energia, e que não haja aumento de rendas!

– Exige-se um aumento extraordinário de salários e pensões que compense a inflação!

– Exige-se que o Governo do PS lance um imposto extraordinário sobre os lucros extraordinários!

 Lisboa,15 de Agosto de 2022

Plataforma “Convergência” do Bloco de Esquerda

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