Cerca de 130 aderentes do Bloco enviaram à Comissão Política uma carta denominada “Apelo à convocação de uma Convenção Nacional” , em que consideram ser imprescindível “proceder ao balanço do recente ciclo político e, num novo quadro atravessado por fortes alterações, definir democraticamente a orientação política do Bloco para os próximos dois anos.“
O apelo, subscrito por aderentes de todo o país, membros da Mesa Nacional, de Coordenadoras Distritais e Concelhias, refere que o “ciclo de perdas eleitorais do Bloco de Esquerda, que culminou com a derrota eleitoral das recentes Eleições Legislativas, exige tirar lições de forma consequente e, para que o caminho de reforço do Bloco seja retomado, definido um novo rumo estratégico. A nova maioria absoluta, a guerra na Europa e as profundas mudanças que estão a ocorrer nacional e internacionalmente, exigem novas respostas, reforçam esta necessidade e tornam-na imprescindível.“
Considerando que a próxima Mesa Nacional só está prevista para o mês de maio, os/as aderentes apelam a que a Comissão Política convoque a curto prazo uma reunião da Mesa Nacional para debater e decidir sobre a convocação da XIII Convenção Nacional. Sem desvalorizar o debate da Conferência Nacional, a realizar dentro de mais de um mês, o conjunto de subscritores/as do referido apelo adianta que o “envolvimento da pluralidade de todo o partido neste processo tem de passar, para que seja mobilizador e inspirador, por uma Convenção Nacional, órgão máximo da democracia bloquista, o único com capacidade estatutária e democrática para retirar todas as conclusões das derrotas sucessivas e decidir sobre o rumo estratégico do Bloco, com a participação de todos/as no debate e na tomada de decisões nestas matérias.“
O facto de a direcção não tomar iniciativa nenhuma nesse sentido, reveste-se de grave significado para o partido e para toda a esquerda, infelizmente.
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