O núcleo do BE do Grupo CTT fez sair um comunicado aos trabalhadores da empresa onde acusa o governo PS de em 6 anos não ter feito “qualquer avanço no controle da empresa por parte do Estado”, alienando “qualquer preocupação com a qualidade de serviço”. Os CTT conseguiram obter, por parte do governo PS, nova concessão do serviço postal por mais 7 anos, através de “ajuste directo” do Serviço Postal Universal, permitindo a continuação da brutal degradação do serviço postal.
O comunicado dos bloquistas dos CTT, denuncia o “correio urgente com mais de uma semana dentro dos centros de distribuição, cartas registadas entregues fora de prazo , aldeias e ruas sem correio durante semanas, estações de correio fechadas ou com horário reduzido”. Os trabalhadores são confrontados com jornadas de trabalho de mais de 10 horas sem pagamento de trabalho extraordinário e com um ritmo de trabalho alucinante, alteração de local de trabalho para longe dos locais de distribuição, sem condições de conforto para os trabalhadores e trabalhadoras.
EMPRESA PROPÕE AUMENTOS SALARIAIS de 13 cêntimos/dia
“Nas negociações salariais e de carreiras profissionais, as propostas que estão em cima da mesa são um verdadeiro atentado à dignidade dos trabalhadores, pois a proposta apresentada foi de 4€/mês – 0,13€/dia, enquanto só no 1.º semestre/2021 os lucros da empresa foram de 17,2 milhões€” refere o comunicado.
“Sem atualização salarial e com a degradação das condições de trabalho e sem retorno dos direitos retirados pela troika e pelo governo PSD/CDS, os trabalhadores são confrontados com um aumento do custo de vida e das suas despesas pessoais por se encontrarem em teletrabalho.”
“A nossa luta tem de continuar, por aumentos salariais justos e dignos, por carreiras profissionais que nos valorizem, pela contratação de mais trabalhadores com direitos e pela renacionalização dos CTT”, conclui o comunicado que apela ao voto no BE nas eleições legislativas.