A Moção E à XII Convenção do Bloco de Esquerda vem esclarecer que o modo como foi apresentada no artigo da edição nº 1462 da revista “Visão”, de 11 de Março, não reflete o que é efetivamente a Moção e a sua base de sustentação, podendo induzir a ideia, errónea, de que se trata de uma iniciativa da chamada “corrente UDP”.
- A Moção foi impulsionada pela plataforma Convergência, constituída em Dezembro de 2019, que, como o nome indica, reúne aderentes do Bloco de Esquerda de diversas origens, gerações e experiências. Efetivamente, alguns com percurso recente na UDP, porém muitos/as com percurso distinto, desde o PSR à Manifesto, e outros/as que, sem filiação anterior, integram grupos formais ou informais no seio da organização.
- Dos subscritores/as da Moção E há quem tenha pertencido a anteriores maiorias e outros ainda a diversas moções que ao longo do tempo se apresentaram a Convenções do BE, tendo confluído nessa plataforma o que lhe confere um carácter plural e não coincidente exclusivamente com qualquer das 3 organizações que deram origem ao Bloco.
- A Moção E, com mais de 500 subscritores, é hoje muito mais que a própria plataforma Convergência e reflete o desejo de mudança no Bloco de Esquerda, quer ao nível da orientação política – afirmação do ecossocialismo, entrosamento com o movimento social e dos trabalhadores, em particular, menor parlamentarização, autonomia em relação ao PS – quer da necessidade de mais transparência, mais democracia e mais autonomia das organizações do Bloco.
- Nesse sentido, a Moção E, que acolhe o contributo das múltiplas experiências que dão vida ao Bloco, é mais que a “corrente da UDP” referida no lead do artigo (p. 32), muito mais ampla e plural.
